@levifelipe, quem vende produtos populares tem mais problema com cartões roubados, é fato. Mas o PagSeguro oferece a análise de risco a cada venda, e isso serve para garantir a segurança das duas partes, e não apenas do proprietário do cartão de crédito. No entanto essa análise de risco tem regras (
https://pagseguro.uol.com.br/regras-de-uso.jhtml). Elas especificam o seguinte:
10.2. Vendedor poderá ser debitado pelo chargeback quando:
10.2.1. Não enviar resposta aos questionamentos de Cobrança no prazo de 36 horas quando solicitado;
10.2.2. Informar AR e código de Rastreamento inválido (Correios e transportadoras) e ou sem assinatura do recebedor;
10.2.3. Efetuar a entrega do produto em endereços diferentes dos cadastrados na PagSeguro;
10.2.4. Efetuar o cadastramento na PagSeguro (Conta não Cadastrada / Pessoal) em nome do comprador e esta vir a ser contestada pelo portador do cartão (regra não se aplica a lojas físicas).
Ou seja: se algum cliente fizer uma compra e depois, por e-mail ou telefone, pedir pra entregar em outro endereço (porque não há como enganar o PagSeguro) então você terá, sim, problemas com chargeback - o AR e o MP sozinhos não vão te ajudar pois se o endereço de entrega no AR for diferente do endereço do PagSeguro eles vão dar ganho de causa pro cliente. As desculpas para o cliente fazer isso podem ser as mais variadas: 'Não fica ninguém nesse endereço durante o dia' ou 'É um presente pra um parente meu' ou 'Eu estarei viajando e vou estar lá' ou qualquer outra. Já aconteceu comigo uma vez, mas felizmente a venda não foi contestada.
Resumindo: use o bom senso na hora de vender. As empresas que podem ter problemas com chargeback quase sempre usam um serviço de análise de risco como o FControl, mas isso já está embutido no PagSeguro. Basta seguir as regras. Se o "cliente" pedir alguma coisa suspeita, é melhor perder a venda e aguentar e-mails mal educados dele do que perder a mercadoria e o dinheiro.
É uma situação chata, é claro, pro vendedor quando isso acontece e não é culpa dele. Mas lembre-se de que os intermediadores de pagamento precisam agradar ambos os lados. Não é interesse deles proteger mais os clientes do que os vendedores ou vice-versa. E o bom senso deve continuar prevalecendo, tanto pra quem vende quanto pra quem compra.